quarta-feira, 23 de março de 2011

ÍNDIOS NÃO TEM MEDO DO SILÊNCIO


ÍNDIOS NÃO TEM MEDO DO SILÊNCIO
  
Nós os índios, conhecemos o silêncio, não temos medo dele.

 Na verdade, para nós ele é mais poderoso do que as palavras.
Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio e eles
nos transmitiram esse conhecimento.

"Observa, escuta, e logo atua", nos diziam.
Esta é a maneira correta de viver.

Observa os animais para ver como cuidam se seus filhotes; observa os anciões para ver como se comportam;
observa o homem branco para ver o que querem.
 Sempre observa primeiro, com o coração e a mente quietos, e então aprenderás.  
 Quanto tiveres observado o suficiente, então poderás atuar.

Com vocês, brancos e pretos, é o contrário.
Vocês aprendem falando.

Dão prêmios às crianças que falam mais na escola, em suas festas, todos tratam de falar.

No trabalho estão sempre tendo reuniões nas quais todos interrompem a todos, e todos falam cinco, dez, cem vezes e chamam isso de "resolver um problema".
 Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos.
Precisam  preencher o espaço com sons.

Então, falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer.

Vocês gostam de discutir, em sequer permitem que o outro termine uma frase. Sempre interrompem.
 Para nós isso é muito desrespeitoso e muito estúpido.
Se começas a falar, eu não vou te interromper.

Te escutarei, mas talvez deixe de escutá-lo se não gostar do que estás dizendo, mas não vou interromper-te.

 Quando terminares, tomarei minha decisão sobre o que disseste,
mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante.

 Do contrário, simplesmente ficarei calado e me afastarei.

Terás dito o que preciso saber.
Não há mais nada a dizer.
Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês.

Deveriam pensar nas suas palavras como se fossem sementes.
 Deveriam plantá-las, e permiti-las crescer em silêncio.
Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando, e que devemos ficar em silêncio para escutá-la.

Existem muitas vozes além das nossas, muitas vozes.
 Só vamos escutá-las em silêncio.




APRENDAMOS COM ELES...

Texto traduzido por Leela, Porto Alegre:
"Neither Wolf nor Dog. On Forgotten Roads with an Indian Elder" - Kent Nerburn
Namastê Shalom

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